Os bracarenses Mão Morta vão pisar pela primeira vez o palco do Cineteatro Alba na noite de 22 de setembro, pelas 21h30. A banda de Adolfo Luxúria Canibal vai recordar os maiores êxitos de uma carreira com mais de 30 anos, mas promete também “levantar o véu” sobre alguns dos novos projetos do coletivo.

Os Mão Morta nasceram em 1984 na “cidade dos arcebispos” e, com a sua postura rebelde, afrontaram os valores morais e políticos de uma sociedade culturalmente atrasada e na ressaca do Salazarismo. O concerto de estreia teve lugar no Orfeão da Foz, no Porto, em 1985, e a banda começou a reunir um fiel número de seguidores, atraídos pelas crónicas de desespero e resistência, veiculadas pela voz crua de Adolfo Luxúria Canibal.

Em 1986 os Mão Morta ganharam o Prémio de Originalidade do III Concurso de Música Moderna do extinto Rock Rendez-Vouz e, no ano seguinte, foram considerados, através de votação na Rádio Universitária Tejo, a Melhor Banda Nacional sem Registo em Vinil. O primeiro álbum viria a ser editado em julho de 1998, tendo-se seguido mais de uma dezena de trabalhos discográficos.

Ao longo das três últimas décadas, a banda de Braga dividiu opiniões, criou alguns hinos geracionais e tornou-se um dos vértices máximos do Rock nacional. Dos seus inúmeros concertos, destacam-se as primeiras partes de bandas internacionais de renome, como Nick Cave & The Bad Seeds, Wire, Young Gods e Jesus & Mary Chain. No ano passado, celebraram os 25 anos do disco Mutantes S. 21, que inclui o viciante Budapeste, e em 2018 apresentam uma nova tournée e mais reedições da sua discografia.

Os bilhetes para o concerto dos Mão Morta têm o preço de dez euros. Os portadores Cartão Amigo, Cartão Sénior Municipal, Cartão Municipal de Voluntário e Jovens SUB 23 usufruem de um preço especial de oito euros. O Cineteatro Alba disponibiliza um serviço gratuito de babysitting.